terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O CÚMPLICE E O ASSASSINO - Capítulo 18

18
Quando eram 22h00, eles decidiram ir para os quartos. Juliet estava com o seu notebook no colo. Via sua caixa de e-mails. Apagava alguns e repassava outros aos seus colegas.
            – Quem? – disse Juliet meio aérea. – Alguém quer me adicionar. Mas está sem foto. E ah, pessoal olhem: o nome dele é “Interrogação”. Quem seria?
            – Deixe-nos ver – disse Douglas. Todos se aproximaram do notebook. – Interrogação? Esse cara, seja lá quem for, é um idiota. Quem colocaria um nome desses num e-mail?
            – É – falou Billy – mas o que ele te mandou?
            – Ah, mandou um convite para eu aceitá-lo, e um anexo: “o Cúmplice e o Assassino”. O que seria isso?
            – Abra pra vermos – sugeriu Carol.
            – Ok, vamos ver – Juliet clicou no anexo e abriu-o. Todos perceberam que eram regras para um jogo. O que se lia era o seguinte:

O CÚMPLICE E O ASSASSINO

Número de Jogadores:
A partir de 08.

Introdução:
Há um assassino à solta e ele está espalhando o terror na cidade. Os detetives são os próprios habitantes, que tentam desvendar o mistério antes que se tornem vítimas. Ao final desta incrível busca pelo criminoso, ficam três pessoas frente a frente, dentre elas, o Assassino, que fingiu por todo esse tempo. Todo mundo é suspeito. A “acusação final” começa, e assim, descobre-se o assassino ou não.

Personagens:
Cúmplice, Assassino, Vítimas, Suspeitos e Inocentes.

Regras:
1ª – CENÁRIO: é formado um círculo bem aberto, com a distância de um braço (pelo menos) de um participante para o outro. Não é aconselhável usar um local bem iluminado, pois a sombra pode ser uma pista que entrega o Assassino.

2ª – O CÚMPLICE: por meio de votação, sorteio ou autoindicação é escolhido o Cúmplice, que tem como objetivo, indicar um Assassino. Como escolher o Assassino: o Cúmplice ordena que todos se sentem, abaixem as cabeças e fechem os olhos. Feito isso, ele dá voltas nos Suspeitos e com um leve toque na cabeça ele denomina o Assassino. Dica: escolher uma pessoa que seja discreta ou que saiba fingir bem.

3ª – O ASSASSINO: o Assassino levanta a cabeça e abre os olhos, sua missão agora é matar sem ser descoberto. Como matar: a pessoa escolhida, discretamente, aponta para a sua Vítima. Logo após, o Assassino volta em sua posição inicial (cabeça abaixada e olhos fechados) e o Cúmplice diz para que todos “acordem”.

4ª – A VOTAÇÃO: após todos acordarem, o Cúmplice declara a Vítima. Ela por sua vez, dá um palpite de quem a “matou”. Logo depois, cada um dos Suspeitos dá seu palpite, inclusive o Assassino (para sua defesa). Dica: a Vítima e o Assassino têm que ser convincentes, levando os outros a votarem também na pessoa de sua preferência, podendo assim, dar argumentos do tipo: a pessoa sorriu quando “acordou”; ouvi que os passos do Cúmplice pararam em tal pessoa; etc.

5ª – ASSASSINO OU INOCENTE: o Suspeito que tiver mais votos revela-se, dizendo: “sou o Assassino” ou “sou Inocente”. Não podendo blefar. Caso o mais votado for realmente o Assassino a brincadeira acaba. Caso a pessoa seja o Inocente a brincadeira continua com o mesmo Assassino e saem do jogo a Vítima e o Acusado.

6ª – ACUSAÇÃO FINAL: o Cúmplice manda todos “dormirem” novamente, e o ritual se repete, até que restem somente três pessoas na brincadeira. Nisso, o Cúmplice pede para o restante dos participantes se levantarem e chega a hora da “Acusação Final”, onde, frente a frente, eles dão seus palpites.

7ª – OS VENCEDORES: após a “Acusação Final” o Suspeito que receber dois votos revela-se: “Assassino” ou “Inocente”, caso seja Inocente, vencem o jogo o Assassino e o Cúmplice, caso ele seja descoberto, vencem as duas pessoas que o indicaram e mais a sua última Vítima.

Sugestões:
Obtendo um grande espaço e várias salas, a brincadeira pode se tornar ainda mais intrigante. Pois ao invés de ficarem numa roda, cada participante pode se posicionar em uma sala. Podem-se usar apetrechos, como por exemplo: roupas, armas de brinquedos, máscaras etc. O Cúmplice pode narrar a história também, para deixar o clima mais sombrio e arrebatador. Como por exemplo: “Nesta noite gélida o Assassino da Foice fez mais uma Vítima, tirando cruelmente sua vida”, “Enquanto a cidade dorme, o Assassino faz a sua caçada”, “Neste nascer do sol, viu-se um corpo estirado no beco”. Siga as regras com fidelidade. É proibido blefar quando se exige a verdade. Para o Cúmplice: boa escolha; para o Assassino: boa caçada; para as Vítimas: descansem em paz; e para todos: bom divertimento! Façam a escolha certa e preservem suas vidas!

            – Uau! – exclamaram.
            – Demais! – disseram Billy e Andrew ao mesmo tempo.
            – Muito interessante – opinou Douglas.
            Minutos depois decidiram brincar, apesar do sono, mas aquilo era realmente atrativo. Leram e releram as regras e por fim deram mais atenção às sugestões. “E que tal brincarmos em outro lugar?”. “Que nada Andrew”. “Mas deve ser legal”. “Billy, não viaja”. “E se apostarmos? Valendo dinheiro”. “Dez?”. “Vintão”. “Da hora, gostei”. “Mas aonde poderíamos brincar?”. “Na escola”. “Escola?”. “Mas ainda hoje?”. “Por que não?”
            – Espera gente – Juliet estava confusa, pois para ela era uma situação confusa. – Como é? A gente vai brincar mesmo em outro lugar? – perguntou Juliet, com o coração batendo muito forte. “Seria uma experiência muito radical sair de casa a noite, mas e se titio souber? Nossa ele vai brigar tanto! Mas, e se ele não descobrir? Voltarei logo, eu acho”, pensava ela.
            – Ah, por que não? – ouviu-se Douglas dizer mais uma vez.
            – Tá. Vamos fazer assim, o meu tio vai dormir daqui a pouco, eu tenho que levar um remédio para ele, tenho que mimá-lo para tomar e logo depois que ele toma, dorme. Não acredito que vou sair de casa a essa hora!
            – Vai ser legal! – disse Billy – Mas valendo né? Preciso de grana.
            – Tá, tá bom – disse Andrew. – Assim a brincadeira fica até mais divertida.
            – Mas espera, aonde vamos? A escola está fechada agora – Juliet tentou se esquivar.
            – Então, é exatamente pra lá que nós iremos. E é obvio que está fechada, estamos de férias. E outra, se alguém estivesse lá, não daria pra brincarmos.
            – Eu sei Andrew, mas não acredito que vou fazer isso – disse Juliet com a voz minguando. – Nunca saí de casa a essa hora. Meu tio me mataria.
            – Relaxa garota – disse Billy passando um braço por de trás de sua cintura.
            – É mesmo, né? – disse ela, ainda tensa. – Bom, então me ajudem, eu vou guardar o meu notebook e preciso ir ao meu quarto. Alguém pega a bandeja de remédios pra mim? Está em cima de uma mesinha, lá na cozinha, Abeline sempre a deixa pronta, com um copo d’água, dois comprimidos e uma caneca com chocolate quente, ele adora.
            – Está bem, pode deixar – disse Andrew.
            – Preciso ir ao banheiro – falou Billy, vou descer.
            – Tudo bem ­– Juliet disse distraída. – Meninas me acompanhem, por favor, quero que vejam meu zoológico de pelúcia antes – riu. – Adoro. – Por alguns segundos Juliet lembrou-se do que Abeline havia falado sobre sua infantilidade e tinha que concordar. Lembrando que Fabiano também dissera o mesmo.
            – Vou pegar a bandeja rapazes, já volto – Andrew estava descendo as escadas minutos depois. Quando chegou à cozinha encontrou Billy e mais um rapaz, que ajeitava algumas coisas numa bandeja sobre o balcão. “Não é a empregada quem arruma?”-  se perguntou. – Oi, eu vim pegar o remédio do Sr. August. Prazer, eu sou o Andrew – disse ele estendendo a mão para o jovem desconhecido.
            – Prazer – respondeu ele. – Meu nome é Alex, sou o motorista da família.
            – Humm. É... Billy, o que faz aqui? Você não ia ao banheiro?
            – Ah sim. Ia, mas acabei me perdendo, achei que fosse aqui, perto da cozinha.
            – Mas como já te disse Billy, o banheiro dos hóspedes é lá em cima mesmo, certo?
            – Ah sim, Alex. Valeu heim cara. Tô indo.
            – Bem, eu vou pegar. Com licença.
            – Toda – respondeu Alex. – Boa noite – disse ele quando Andrew ia saindo.
            – Ah, boa noite. – Andrew foi para o quarto. Quando chegou lá Billy ainda não estava. – Pessoal, vou levar isso para Juliet, já volto.
Juliet recebeu e foi ao quarto de seu tio. E como em todas as noites, August tomou os comprimidos com a água, e logo em seguida bebeu seu chocolate quente. “Boa noite minha filha”. “Boa noite titio, durma com os anjos”. Ela desceu para levar as coisas, e depois voltou para o quarto e chamou as garotas. “Vamos lá com os meninos, meu tio já vai dormir”. Quando chegou lá viu Andrew perguntando ao Billy:
– O que você estava fazendo lá na cozinha se você disse que ia ao banheiro?
– Escuta Andrew, eu não lembrava onde era o banheiro.
– Ah, oi Juliet – disse Andrew quando a viu. – Posso te fazer uma pergunta?
            – Sim.
            – Vocês têm um motorista chamado Alex?
            – Ué Andrew, sim, por quê?
            – Tão novo assim? Deve ter nossa idade. Achei meio estranho, mas tudo bem.
            – Ok – Juliet falou. – Bem gente, nós vamos mesmo?
            Meia hora depois eles já estavam na escola. Juliet não acreditava que tinha pulado o muro para entrar lá. Seu coração batia feito uma bomba prestes a explodir. Ela não estava acreditando que tinha saído escondido do seu tio também. Não tinha seguranças lá na escola, somente as salas que continham computadores é que tinham alarmes. No andar de cima todas as portas estavam abertas, pois não tinham nada de valioso. As TVs eram guardadas em armários metálicos, que estavam trancados, mas fora isso, nada mais tinha de segurança.
            Antes de sair, Juliet falou para os porteiros, que se caso Abeline perguntasse dela, era para falar que foi dar uma volta, e que estava em casa em pouco tempo.
            Todos subiram para o segundo andar, onde havia dez salas de aula, todas com as portas destrancadas. Nas extremidades do corredor tinham escadas, que levavam para o andar de baixo e em cada lado tinha cinco salas idênticas. Era tudo simétrico.
            – Bem gente. Vamos começar? Valendo quanto? – perguntou Billy.
            – Ah, deixa disso – falou Lucy.
            – Quem concorda em brincar valendo dinheiro? – Billy perguntou, recebendo os olhares de reprovação da turma. Juliet notou o desespero que crescia nele, e decidiu ajudá-lo.
            – Vamos brincar valendo, então – falou. Ela pensou que seu amigo realmente não tinha dinheiro e estava fazendo de tudo para ganhar uns trocados.
            – Quanto então? – perguntou ele.
            – Cinquenta? – sugeriu Juliet.
            A maioria fez cara de reprovação. Juliet não entendera direito o motivo, mas logo Maicon falou: “Cinquentinha? Isso é o que eu tenho pra gastar na semana, não numa brincadeira”. Juliet corou. Alguns riram. O que era cinquenta reais para ela? Realmente não havia pensado que nem todo mundo anda com esse valor no bolso ao acaso. “Vintão até que vai, como já tínhamos sugerido lá na casa dela”, continuou Maicon, apoiado por Bryan, que meneava a cabeça.
            – Perdão. Vinte reais então – disse Juliet sem jeito, e sacando de seu bolso uma nota novinha.
            Billy sorriu. “Que bom”, pensou. “Eu guardo o dinheiro”, disse Billy. Todo mundo ia colocando as notas no montinho que passava de mão em mão. Ia crescendo conforme ia passando. “Moeda não”, disseram alguns quando Bryan contava poucas moedas na mão para fazer piada. Todos riram, até ele. Billy pegou as notas e depositou-as no bolso de trás de sua bermuda jeans. “Pronto. Vamos começar? Juliet tem que voltar, ou melhor, temos que voltar logo”.
            – É mesmo – concordou a moça. – Quem será o Cúmplice? – perguntou ela abrindo a mochila e retirando uma máscara branca, toda lisa, e um pano preto embrulhado, parecia um sobretudo velho, mas logo via-se que era uma capa amassada. Juliet retirara de um baú de fantasias que tinha. – Está aqui. A máscara e a capa. E vamos depressa.
            Ficaram discutindo quem seria o Cúmplice e logo Andrew foi nomeado para tal cargo. A brincadeira ia começar. Ele já estava pensando quem seria o Assassino, teria que fazer uma boa escolha, pois só ganharia o jogo se o Assassino fosse bem escolhido.
            – Cidade dorme – anunciou ele. Era para todos entrarem em suas salas escolhidas e ficar lá, para que ele escolhesse o Assassino. Observou por um minuto, relembrando onde as pessoas estavam. Andrew, do meio do corredor, estava próximo à escada de entrada, e começando por sua esquerda estavam respectivamente: Billy, Lilian, Maicon, Carol e Lucy. E ao lado direito encontravam-se: Denny, Juliet, Douglas, Bryan e Elita no final do corredor, perto da escada de saída.
            Andrew acabou escolhendo Denny para ser seu Assassino. Ele aproximou-se da porta de Denny e abriu-a.
            – Vai lá, e não dê pistas, ok? Vamos ganhar este jogo. Fico esperando.
            – Ok. Já volto – respondeu ele aos sussurros também.
            Denny saiu cuidadosamente da sala, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Ele tremia quando pegou a capa e a vestiu, depois colocou a máscara em seu rosto e rumou-se para sua Vítima. Juliet.
            Todos estavam naquela expectativa. Denny abriu a porta de Juliet e entrou. Ela estava lá, e fez uma cara de emburrada por ter que sair do jogo tão cedo.
            Segundos depois, Lucy viu a maçaneta de sua porta abrir. “Droga” pensou. “Sou a primeira a morrer”.
            Denny tirou a capa e a máscara.
            – Ah, então é você? – Lucy surpreendeu-se, mas antes que desse a resposta inútil, ele partiu para cima dela e a fez sentar em uma carteira. Ele começou a ficar ofegante, e deu-lhe um beijo exageradamente molhado e quente. Lucy abanou-se quando os lábios seus desencostaram dos dele. “Nossa, Denny, pensei que você não tivesse visto o quanto eu te olhava”.
            – Claro que percebi e essa noite, eu não poderia deixar de fazer isso – sussurrou. – Tenho que voltar agora. “Matei” Juliet. – Deu-lhe outro beijo, curto e mais simples. Nem se incomodou em recolocar o disfarce, somente saiu com as coisas na mão e foi até a sua sala.
            – O que houve? – perguntou Andrew. – Demorou mais que o normal. O que você fez?! Você tinha que ser um pouco mais rápido. Será que alguém desconfiou?
            Os dois se conversaram por mais alguns segundos, Denny falara sobre ele e Lucy. Esboçaram risos. “Beleza”, falou Andrew. O jogo iria continuar.
            – Me deixe sair e disfarce bem, certo Denny? Aja naturalmente a partir de agora.
            Andrew ficou no meio do corredor e anunciou: “cidade acorda!” Todos abriram as portas, com exceção de Juliet. O pessoal já tinha percebido, obviamente, que ela tinha morrido. Andrew categoricamente anunciou:
            – Nessa madrugada, o Assassino das Altas Horas fez a sua primeira Vítima. E esta é Juliet, uma jovem moça, bonita e rica. Os “vizinhos” agora têm a difícil missão: indicar um Suspeito, mas antes, vamos para o voto da Vítima, logo seguiremos com as demais acusações. Por favor, Juliet, saia da sala e diga-nos quem você acha que a “matou”.
            Houve silêncio por uns cinco segundos. “Juliet, tá na hora de dar o seu voto”, disse Andrew. Mas nenhuma maçaneta girou,  ninguém respondeu. Houve murmúrios dos demais. “Juliet, já pode sair!”
            – Tem algo de errado – falou Douglas.
            – Ai, ai, ai – gemeu Lucy. Ficara vermelha de um segundo para o outro.
            Andrew deu duas batidinhas na porta da sala onde estava Juliet. Apenas silêncio. Mais uma batida. “Juliet?”. O rapaz girou a maçaneta devagar, como se ela fosse feita de uma substância ultrassensível. Os sentidos se aguçaram. Uma gota de suor se formava na testa de Andrew. “Pare Juliet, está nos assustando”, pediu Carol. “De verdade”, acrescentou Elita. Mas o que havia dentro daquela sala, além do silêncio, era um corpo no chão, sangrando. Uma Juliet sem vida estava ali. Andrew deu um passo para trás, recuando desajeitadamente, assustando ainda mais o pessoal.
            – O que foi? – perguntaram os outros.
            Maicon tomou iniciativa de ver o que havia na sala. Denny o acompanhou. Testemunharam Juliet no canto da sala, imóvel e suja de sangue.
            – Meu Deus! – falou Maicon recuando e fechando os olhos.
            Todos puseram-se a olhar, mas desejaram não ter tanta curiosidade assim, pois era difícil ver que uma amiga estava morta bem ali. E ainda mais Juliet.
            As garotas caíram no choro. Levando as mãos à boca, queriam gritar, porém não era uma boa hora. Nem sabiam o que fariam. Lucy fitou Denny, e seu lábio inferior começou a tremer, ele devolveu-lhe um olhar de “eu não fiz nada”.
            – Não podemos ficar aqui! – gritou Lilian. – Não podemos ficar parados! Juliet morreu! Temos que agir! Meu Deus, o que aconteceu?!
            – Vamos chamar a polícia – sugeriu Andrew. – Ninguém sai daqui. – Billy, você pode ligar?
            – Acho que não consigo, Andrew.
            – Por quê?
            – Não consigo relatar a morte de alguém, não tenho condições.
            – Deixa que eu faço – ofereceu-se Douglas, que pegou o celular e discou o número da polícia. No quinto toque uma moça atendeu. – Oi, quero anunciar um homicídio. Está bem... Na ETECE, Cidade Esperança. Isso mesmo... Por favor, rápido! Sim, com certeza... Foi agora mesmo... Obrigado! – e desligou.
            Todos estavam tomados pela tensão.
            – Eles virão o mais rápido que puderem. Vamos todos à delegacia pelo jeito. Coitada de Juliet, não merecia morrer. – Ao dizer isto, as garotas recomeçaram a chorar.
            O que era para ser somente uma brincadeira divertida transformou-se em um jogo mortal.

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