Olá!
Estou lendo o Livro: O Espião - Uma aventura de Isaac Bell, de Clive Cussler (e Justin Scott).
Faz um tempão que comecei e cheguei à metade só agora. Não que a leitura esteja chata, mas é que uma boa parte da estória é técnica (voltada à Marinha) e me faz lembrar do meu trabalho, e as vezes tudo o que eu mais quero é fugir um pouco da rotina [hehehe].
Bom, com vocês, trechos que selecionei de: O Espião!
“TODO FUNCIONÁRIO DA VAN DORN, do aprendiz ao investigador chefe, aprendia, desde o primeiro dia de trabalho, que as coincidências eram consideradas culpadas enquanto não fossem declaradas inocentes. Bell pediu ao pessoal da Pesquisa para investigar a importadora de pedras preciosas Riker & Riker. Depois, abriu sua câmera fotográfica, pediu para que o filme fosse revelado e trazido a ele imediatamente, e, em seguida, desceu ao saguão no subsolo do hotel, ao lado do qual ficava um confortável e sossegado bar à meia-luz.
Abbington-Westlake chegara antes dele, um bom sinal de que conseguira tirar o sossego do adido naval com a ameaça de procurar a embaixada britânica.
Bell concluiu que, no momento, seria mais bem-sucedido com ele se usasse um tratamento mais brando. Ele disse:
― Obrigado por ter comparecido!
Imediatamente percebeu que estava enganado. Abbington-Westlake empertigou-se numa postura imperiosa e despachou:
― Não me recordo de ter tido alguma opção a esse respeito.
― O conteúdo de suas fotografias ― retrucou Bell ― seria motivo suficiente para sua prisão, se eu fosse um agente do governo.
― Ninguém pode me prender. Tenho imunidade diplomática.
― Sua imunidade diplomática pode livrá-lo de problemas com seus superiores em Londres?
Abbington-Westlake comprimiu os lábios com força.
― É claro que não ― disse Bell. ― Não sou agente do governo, mas certamente sei onde encontrar um. E a última coisa que o senhor quer é que seus rivais do Ministério das Relações Exteriores saibam que foi surpreendido com a mão na massa.
― Veja bem, meu velho, não vamos nos precipitar e meter os pés pelas mãos.
― O que foi que me trouxe?
― O que… Como assim? ― Abbington-Westlake empacou.
― Quem foi que trouxe para mim? Dê-me um nome. Um espião estrangeiro que possa ser preso em seu lugar.
― Meu velho, parece que faz uma ideia muito exagerada de meus poderes.
Não conheço ninguém que possa lhe entregar.
― E o senhor parece que faz uma ideia muito exagerada da minha paciência ―
Bell olhou ao redor inquisitivamente. Casais bebiam nas mesas vizinhas. Vários homens estavam sentados sozinhos no bar. Bell perguntou: ― Está vendo aquele cavalheiro à direita? O que está usando um chapéu-coco?
― O que tem ele?
― Serviço Secreto. Devo convidá-lo para se juntar a nós?
O inglês umedeceu os lábios.
― Tudo bem, Bell. Deixe-me contar-lhe o que posso. Mas devo advertir que é muito pouco.
― Comece por baixo ― disse Bell friamente. ― Vamos começar por aí.
― Tudo bem. Tudo bem ― ele umedeceu os lábios de novo e relanceou o olhar ao redor. Bell desconfiou que estivesse preparando uma mentira. Deixou o inglês falar sem interrupção. Depois de se enredar com aquilo, ficaria mais vulnerável à pressão.”
Espero que gostem, tá sendo uma aventura cheia de altos e baixos, e é claro, assassinatos para dar, alugar e vender!
Abraços!
[Trechos retirados das páginas 209 e 210 do Livro: O Espião - Clive Cussler (e Justin Scott) - Editora Novo Conceito]
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