terça-feira, 9 de abril de 2013

O LADO BOM DA VIDA


O LADO BOM DA VIDA

Autor: MATTHEW QUICK

O que dizer desta obra tão comentada?

Bom, indo direto ao ponto, o que eu tenho pra lhes dizer é que: gostei do Livro, é bom, mas sinceramente não entendi muito bem o “ENORME alvoroço”!

Defino-a como uma estória bobinha que revela os mais profundos sentimentos.

Calma, não estou desvalorizando o Livro, só quero dizer que é uma estória inocente, leve, e repleta de lições sobre a vida. Claro, não explicitamente, mas sempre, num ponto e em outro, aprendemos a importância das coisas simples, como por exemplo: comer cereais com passas e chá, e mesmo assim considerar um jantar (encontro) divertido.

Bom, devo ser sincero e dizer que algumas coisas me irritaram profundamente!

Se eu lesse mais um:

“E-A-G-L-E-S! EAGLES!”

– Eu queimaria o Livro!

O autor usou o futebol americano com tal frequência, que me davam náuseas [Ok, exagerei, mas era irritante]. Ele poderia muito bem desvincular-se desse tema, e fazer com que Pat fosse em outros lugares ou fizesse mais coisas, mas enfim...

Mas afinal, quem é Pat?! Desculpem-me, vou apresentá-lo.

Pat Peoples é um cara que passou muitos anos numa instituição psiquiátrica e não se lembra de como foi parar lá. Mas não importa, ele só sabe de uma coisa: ama Nikki, sua ex-esposa, e seu objetivo de vida, a partir de agora, é reconquistar sua amada.

Sabendo que não foi um bom marido, ele tenta fazer tudo o que ela um dia gostaria que ele tivesse feito. Quando sai da instituição, depara-se com uma mãe emotiva, e um pai que não quer nem olhar em sua cara.

Pat não sabe como lidar com isso, e acha que está sendo um estorvo para todo mundo. Mas o que lhe mata é que ninguém ousa dizer o que aconteceu. Pat se vê de certa forma sozinho e preso em seus pensamentos, e vai tentar por si próprio, relembrar o que aconteceu, já que todos a sua volta são categóricos em se recusar a explicar o que o fez ir para “o lugar ruim”.

Pat passa a maior parte do tempo se exercitando. Ele saiu do lugar ruim determinado a se manter em forma, já que quando estava com Nikki isso não era prioridade.

Ele passa a correr com uma frequência enjoativa! Mas, para quebrar essa rotina, a estranha cunhada de seu irmão aparece sempre no horário em que ele costuma correr, e o acompanha no mais profundo silêncio. Várias vezes!

Antes de correrem juntos, Tiffany (a estranha), chorou abraçada a Pat, já que perdera seu marido num acidente, e está desde então tentando superar isso. Daí nasce uma amizade estranhamente engraçada, emocionante e depressiva.

Pat tenta se livrar de Tiffany (por seu jeito esquisito de ser), mas ela é chatamente insistente em aguardá-lo para as corridas silenciosas. E isso dura algumas semanas, até que Pat recebe uma proposta tentadora de Tiffany, e a partir daí ele passa a viver para essa proposta, pois o que ele mais deseja na vida é acabar com “o tempo separados” entre Nikki e ele.

Pat ,logicamente, concorda em participar do “planinho” de Tiffany, o qual não vou citar aqui para deixá-los curiosos [hehehe].

Os dois se saem muito bem como amigos (aos seus modos, [rsrs], já que são pessoas que de certa forma enxergam o lado bom da vida mesmo tendo sofrido traumas, e ambos têm um objetivo comum: estão em busca de uma felicidade que não parece tão próxima assim).

As partes emocionantes do Livro valem a pena. Às vezes te faz ficar com um sorrisinho no canto da boca, assim como faz você perceber certa “lacrimosidade” nos olhos.

Avalio com a nota: 7,0.

O que não gostei muito?

Bom, como havia citado: o futebol americano toma boa parte das páginas, não que eu não goste, não é isso, mas é que é repetitivo, as palavras são repetitivas. E consequentemente o humor do pai de Pat varia com o placar. Se os Eagles ganham, ele é todo “amor”, mas se perdem, ele torna-se mais rabugento, excedendo o nível de: “chato pra car...!”. Muitos vão me dizer que eu tô errado, isso e aquilo, mas vamos lá, o pai de Pat não poderia arranjar mais alguma coisa pra fazer, ao invés de martirizar sua esposa e seu filho quando seu time de futebol americano perde?

Calma, eu sei, eu sei, é só uma personagem, mas mesmo assim, me irritei. Se o autor desejou isso mesmo, ele tá de parabéns, pois senti o que ele quis passar.

Os mantras de Pat até que são legaizinhos, como por exemplo: “ser mais gentil do que ter razão”, e “Fecho os olhos, murmuro uma única nota e conto silenciosamente até dez, esvaziando minha mente”. Algumas vezes, claro, cheguei a achar que essas frases estavam frequentes demais, mas sinceramente acho que tiveram as vezes certas de aparecer, aliás, Pat não é um cara que possui uma mente saudável. Pra confirmar, ele não pode nem pensar na música “Songbird” do Kenny G que tem acessos de fúria. Porém, dá um dó, porque ele não sabe o motivo de o som ser tão torturante.

Claro, no fim do livro você fica sabendo, e um milagre acontece. Quando Pat se lembra da razão de odiar tanto Songbird de Kenny G, ele se liberta, não tendo mais acessos de fúria quando escuta o nome do artista.

Bom, vale lembrar que as conversas com Cliff, seu novo terapeuta, são bem divertidas, mas depois ficam um pouco enjoativas por causa do bendito Eagles! [Parece que tudo gira em torno dos Eagles, e não do sério problema de Pat, mas ok, vou parar de lamentar].

Devo confessar: eu imaginei como seria o final, e acabei “acertando”. Não que achei óbvio demais, mas é que eu tava mesmo inteirado na obra, e acabei não me surpreendendo muito com algumas revelações. “Acertei” sobre Nikki e as razões pelas quais a família de Pat a difamava. “Acertei” sobre Tiffany. E por incrível que pareça, dei um chute certo sobre o motivo de Pat ter sido internado no lugar ruim. Quase nada foi surpresa, pois submergi na estória como um telespectador nato, e opinei certamente [rsrs].

E sem mais delongas, por favor, quero deixar bem claro que acima de todas as irritações e enjoos [rsrs], eu gostei do Livro, e estou aqui para indicá-lo.

Obs.: não vou assistir ao filme por motivos pessoais, mas quem assistiu falou que é legal, porém, quem já leu e assistiu, disse a mesma coisa de sempre: “Prefiro o Livro”. Eu, como sou bem categórico nessa parte, digo: “Ficarei com as lembranças do Livro, e se bater uma curiosidade beeeem futura, verei o filme”...

E lógico, para fechar a resenha, digo que o final da estória foi perfeito! Não poderia ser mais realista e legal! Adoro finais felizes adaptados à realidade!!!

E todos dizem: “Eeeeehhhh!”...

Sério. Adorei o final, e até me fez esquecer das partes repetitivas e chatas do Livro! Matthew Quick está de parabéns com a estreia, e tomara que continue nos emocionando com mais Livros. [Só de lembrar-me das frases finais do Livro, sinto fisgadas de saudades, pois fazia muito tempo que não lia uma obra com um final tão realista e fiel à nossa vida, pois nem sempre o “viveram felizes para sempre” nos agrada].

E antes de encerrar essa conversa, informo que é escrito em primeira pessoa (Pat narra), é de fácil leitura, alias, ela corre solta! E adorei os nomes dos capítulos, são bem bobos e divertidos, além de serem curtinhos, o que não nos cansam.

Leiam, vocês vão adorar!

Abraços!

E ah, não se esqueçam de sempre optar pelo lado bom da vida!

2 comentários:

  1. Esse realmente é um livro muito badalado acho que é mais por causa do filme do que do pelo livro mesmo. Acabei de começar de ler espero gostar!
    Céu de Letras

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    1. Apesar de não ter visto o filme, acho que o Livro é "badalado" justamente por causa do lançamento do filme. No mais: espero que goste!

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