ASSASSINATO NO EXPRESSO DO ORIENTE
Autora: Agatha Christie
Esta é uma das obras mais lidas e aclamadas de Agatha Christie (uma das melhores autoras que já li, e tratando-se de romances policiais, é a melhor, sem dúvida nenhuma!).
Já havia lido várias obras da autora e nenhuma se comparou
ao desfecho dessa.
Pra quem nunca leu Agatha, aconselho não ler este primeiro.
Pois sua resolução é diferente da maioria dos demais casos, foi o livro eu mais
“estranhei” (no bom sentido) e que me deixou falando: “Nossa”...
Para iniciantes, recomendo: O Misterioso caso dos Styles,
Convite para um homicídio, Cartas na mesa, Os crimes ABC, Morte no Nilo, Cem
gramas de centeio e Uma dose mortal (que foram meus primeiros).
Pois bem, focando o Assassinato no Expresso do Oriente, o
que tenho a dizer é: sufocante!
Você começa a ler sem sair do lugar! Nas demais histórias
que li, sempre tinham uns e outros para desconfiar, eu chegava até a afirmar
com veemência que tal suspeito era o assassino! Mas neste, você patina, fica se
corroendo, começa a anotar coisas (juro, eu fiz isso) pra no final, de repente,
você se deparar com uma resolução meio que fora de todas as teorias que você
conspirou.
Mas isso é normal nas obras dela. É esse o objetivo. Nunca
descobri quem eram os assassinos ou culpados, minhas ideias eram todas
descartadas. Acertei uma só vez, porém, não tinha argumentos, mas enfim...
Vamos ao que interessa:
A noite chegou acompanhada de uma bela tempestade de neve,
criando um cenário meio “sombrio” e colocando todos os passageiros do luxuoso
trem em tensão, pois a máquina parara.
Nessa época, o Expresso do Oriente é muito utilizado pelas
pessoas mais elegantes, e nesse dia, ele estava cheio... Pois bem, este é o
cenário: o Expresso do Oriente lotado, parado e recebendo neve, no meio do
nada.
Mantendo a discrição e toda calmaria, as pessoas não se
queixam muito por isso.
Na manhã seguinte, o trem está com um passageiro a menos.
Não que a pessoa tenha fugido ou desaparecido, fora mesmo assassinada.
Adiantando: a vítima fora um americano, e em seu corpo foram contadas 12
facadas. O intrigante é que sua cabina estava trancada por dentro.
A partir daí meu caro amigo, você será fisgado.
Seguirá muitas pistas espalhadas, muitas mesmo, e vai pensar
em cada uma com muito cuidado. Porém, já alerto, muitas delas são falsas. Isso
a própria sinopse já diz, portanto, não fiquem bravos comigo [rsrs].
Hercule Poirot estava no mesmo vagão, e tem a certeza que
essas pistas falsas foram colocadas para justamente despistá-lo. Mas como
Poirot nunca é tirado de cena, investiga e colhe vários depoimentos, encaixa-os
em sua mente, como se fossem simples peças de um grande quebra-cabeça, e
presenteia o leitor com mais um desfecho surpreendente.
O desenlace diferente ao qual me refiro, é pelo modo como
ele revela: Hercule Poirot não apresenta uma, mas duas soluções para o crime.
Nota 8,5 para a obra (os 1,5 foi por me deixar doido e por
eu rasgar todas as anotações! [rsrs]).
Tá esperando o quê? Pegue o livro agora e comece a desvendar
este mistério você também!
Vale a pena!
Boa leitura!